Banalidade

Na verdade , não há nada que me leve a pensar assim , mas se cair em mim , a morte é meramente um acontecimento banal . Toda a gente , mesmo sem se aperceber pensa nisto pelo menos semana sim , semana não . Toda a gente se acha única mas e ‘ o depois ‘ ? Eu não sei bem , mas espero sinceramente que quando chegar ao sítio predefinido ‘ alguém ‘ me dê coisas inexistentes . Esta vida pode ter coisas bastante boas mas depois de tanto esforço não quero crer que não terei tempo suficiente para relaxar . Eu imagino bancos muitos baixos de pedra . Com uma mesa de granito no centro . Imagino cartas a deslizar , roupas confortáveis . Hum , também ( imagino ) um torre muito alta , com a coluna central muito fina ; e no topo uma grande área com portas simétricas , sem vidros e onde corre o ar quente . Penso em rápido voos de cima para baixo , onde poderíamos encontrar um jardim , talvez parecido com ‘ aqueles maravilhosos jardins dos filmes de encantar ‘ . Suponho também um ambiente impossível . Não há amores , nem desgostos . Só reina algo como familiaridade . Encontra-se também imensas cores leves , tudo muito suave , macio , simples …

5 comentários:

Anónimo disse...

Que tu escreves bem ja' eu sabia :)

Um beijinho, Ines @

Anónimo disse...

Sim, posso dizer que é banal. E não lhe dou assim tanta importancia como certas pessoas dão! De certo a morte é um acontecimento biológico. Mas já que afirmo isto, acho que o nosso corpo de facto sabe por que razão moriremos! E isso tudo que imaginas é para a morte não se tornar tão "insipida" ao pensares nela. Mas não é mau pensar assim de vez em quando :P *

Anónimo disse...

ahaha a morte é boa ou má? :o
Prima andas a ficar com comentarios nisto :p xD

Ora ai vai um beijinhoo do primo q se orgulha da prima por ela ser optima escritora :D

José Melo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Melo disse...

Se a morte é caracterizada pela perda do corpo, então nada é mais banal do que saber que noutro lugar a mente vai prevalecer.
Gostei da inspirante caracterização do local perfeito, mas, a torre alta é um pormenor que diz que nem tudo é vazio e silencioso. Se houver torre, há controlo, existe lá alguém superior, há um sinal de que aquele lugar está marcado e povoado, e isso, não é liberdade.

“Suponho também um ambiente impossível. Não há amores, nem desgostos. Só reina algo como familiaridade.”
Será que familiaridade não contém afecto?
O que é a familiaridade? Não é o amor mútuo?!
É como tudo na vida, existe o lado bom e o lado mau… o amor sem desgostos não é a mesma coisa.

Parabéns pelo texto!