A Passagem

E neste engano de alma sigo, sem pressa, sem grande distúrbio, sem estimar aquilo que sou. A saudosa brisa que vem neste morto desassossego faz-me crer que o Destino não é senão uma súplica constante, pela qual nos vergamos todos, inconscientemente.
Acabamos, perdidos, por aguardar a chegada da lufada passageira, que trará não só o tempo veloz, mas também a cegueira inabalável.

1 comentário:

Prima Sofia ' disse...

Diz-me que já tens uma noção de que escreves realmente bem!
Como sempre, está fantástico :')
Um enorme beijo com saudades '